Estabelecer uma agenda de desenvolvimento para o setor de joias, gemas e bijuterias, que contemple as especificidades de cada região, mas que seja, ao mesmo tempo, horizontal está entre os objetivos do V Seminário de Atualização Tecnológica, que acontece no próximo dia 13 de novembro no CRAB - Praça Tiradentes, 69 - Centro - Rio de Janeiro.
Segundo o diretor-executivo do IBGM, Écio Morais, o seminário, promovido todos os anos pela Ajorio em parceria com o Sebrae/RJ e Firjan, e que nesta edição conta ainda com o apoio do IBGM e ICA, terá sua relevância acentuada em virtude do momento político. “Vamos ter o presidente eleito, novos governadores e novo parlamento, com uma agenda nacional de extrema importância para o futuro do País como um todo e, particularmente, para o futuro da indústria nacional”, comentou.
Écio irá apresentar o painel “Agenda Desenvolvimentista para o setor de joias, gemas e bijuterias” e destacou a importância de contar com a participação dos presidentes das associações e entidades de classe regionais no Seminário. “Já temos os principais tópicos mapeados, mas precisamos atualizar a agenda, e o cenário é o mais adequado para isto. Como entidade nacional, o IBGM está capitaneando a elaboração deste documento, mas o Brasil é um país de dimensão continental, cada associação de classe tem suas particularidades que devem estar necessariamente contempladas no projeto”, afirmou.
De acordo com o diretor, um dos principais objetivos do debate consiste em concretizar uma agenda horizontal de fomento à indústria. “Precisamos de taxas de juros mais adequadas à produção, e para que isso seja feito, vamos ter que, inevitavelmente, combater os benefícios de crédito para alguns setores”, afirmou. Écio defendeu ainda a desburocratização dos processos de exportação e importação. “Há muitos entraves neste campo. Queremos zerar o custo de aquisição da matéria-prima importada, de todos os insumos necessários para processar a produção aqui visando à exportação”, afirmou.
Para Écio, as mudanças devem beneficiar o parque industrial como um todo, a fim de arejar o ambiente empresarial no Brasil. “Acredito em um projeto horizontal, com uniformização da carga tributária, porque são ações que vão beneficiar não apenas o nosso setor, mas toda a indústria nacional. O Brasil tem que superar esta fase de projetos pontuais. Muita gente fala que aqui é o país da meia-entrada. Eu não quero meia-entrada, quero um País competitivo, horizontal e equânime”, declarou.