A 6ª edição do Seminário Atualização Tecnológica e o Setor de Joias e Bijuterias, que aconteceu na Casa Firjan - em Botafogo - no dia 22/10, terminou com o anúncio e premiação das três vencedoras do concurso Joias não viram Lixo, apresentado pela curadora do projeto Regina Machado. O objetivo do concurso era transformar uma joia antiga em um novo acessório, resgatando o prazer de seu uso. “A ideia é criar um movimento, nós sabemos que isso já é feito, mas precisamos comunicar, mostrar como a joia tem este poder de ressignificação e sua permanência como um objeto que não é descartado, o que tem tudo a ver com a sustentabilidade”, explicou Regina.
A designer Verônica Santiago foi a grande vencedora, com um colar em que aproveitou um broche e um alfinete de gravata dos ex-sogros que estavam completamente esquecidos. “Recebi estas peças dois dias antes de saber do concurso. Pensei em algo para usar no dia a dia, uma coisa simples em que menos é mais”, contou.
O segundo lugar ficou com a designer e professora Rita Santos, que transformou um broche que era de sua avó em um colar. “Foi a herança que ela me deixou e por isso tenho muito carinho por esta peça” disse.
A terceira colocada, Lúcia Abdenur, usou a criatividade para fazer um colar com um brinco que também havia ganhado da avó, costurando a peça em prata e com a base de cortiça. “A tarraxa serviu como base do pingente”, explicou.
O concurso teve vinte participantes inscritos e a comissão julgadora selecionou cinco finalistas. As três campeãs foram eleitas pelo júri popular por meio das redes sociais da Ajorio e receberam 1 kg de prata para o primeiro colocado, meio quilo para o segundo e 250 gramas para o terceiro.
Fotos: Diego Mello
Sobre o concurso
A Ajorio e o IBGM lançaram o concurso “Joias não viram lixo”, que desafiou designers do Rio de Janeiro a dar uma nova representação simbólica a antigas joias de família em adereços para serem usados no dia a dia.
Segundo a curadora do concurso, Regina Machado, “a proposta é tirar aquela joia do fundo da gaveta, guardada por uma questão sentimental, e transformá-la em uma peça que terá o prazer do uso resgatado. Um anel que a pessoa herdou da avó, por exemplo, pode ser transformado em um cordão usando a pedra como pingente. Você continua tendo o valor afetivo, mas em uma peça que vai estar mais de acordo com o estilo de quem ganhou a joia”, explicou Regina.
É preciso ressaltar os aspectos positivos da joia e o seu potencial como produto sustentável. “O ser humano é um animal simbólico em sua essência. Como costumo conceituar, as joias são dispositivos de memórias afetivas inorgânicas, que não podem ser descartadas. Não precisa ser apenas uma exploração da natureza, têm muito material já disponível para trabalhar. Na joalheria, nada é jogado fora, são materiais que não envelhecem e que podem ser transformados. A economia circular sempre esteve no DNA da joia”, comentou Regina.
Leia no Blog Joia, artigo de Regina Machado sobre o concurso: https://www.sistemaajorio.com.br/web/index.php/colunas/1217-as-joias-e-as-mudancas-contemporaneas
Veja aqui como foi o lançamento do concurso: https://www.sistemaajorio.com.br/web/index.php/entidades-2/notas-mainmenu-27/1212-concurso-joias-nao-viram-lixo